A questão é que a democracia plena e verdadeira, pressupõe a existência de diversos partidos. O que é um partido senão uma associação política? A nova e atual lei eleitoral exige, que um partido deva ter, desde o seu nascimento, sede em Brasília, abrangência nacional, presença mínima em 9 estados, aproximadamente 500 mil assinaturas de apoio divididas em quocientes mínimos por esses estados, todas as assinaturas reconhecidas, etc. (base Eleições 2003).
Uma lei que vendeu boa intenção para coibir a criação de novas legendas, a maioria de aluguel. Mas ao mirar na formiga, acertou no elefante. Um golpe contra a democracia, a liberdade de se construir um partido que poderia atuar inicialmente no próprio município. Quando atingisse um status mínimo, começaria a ter cadeiras no Congresso. Tal como uma empresa, que começa no município e graças à sua competência passa a se nacional, multinacional, etc.
Nos Estados Unidos, pouca gente sabe, existem centenas de partidos mas apenas dois tem representatividade face às suas dimensões. A democracia americana, incontestavelmente a mais avançada do mundo, permite a existência de partidos inclusive o nazista, comunista, dentre outros! Tais partidos atuam apenas em uma cidade, algumas cidades ou ainda no estado. Aliás, a democracia americana vai tão além, que permite candidaturas isoladas, sem ligação partidária, como foi por duas vezes o milionário texano Ross Perot.
Ninguém nasce grande. Precisa começar pequeno. Pena que os políticos brasileiros, trucidaram este feto democrático, talvez com medo do surgimento de novas correntes e novas lideranças com novas idéias e ideais, descomprometidas com o status quo da politica brasileira. Ou talvez com o fato de não se poder mais manipular o jogo político nos estados e municípios, o que é fato notório atualmente, face as regras do jovo.
A criação do Partido do Meio Ambiente decorre exatamente do conceito de "parte". Trata-se de "parte" da sociedade que deseja um modelo de partido e politica limpa,nova,democrática, administrativamente e financeiramente viável, que não achaque mais a Nação e que defenda a vida através do meio ambiente.
O conceito da busca do Poder pelo Poder. As agressões em época de campanha demonstram isso, num clima de autofagia ("auto-canibalismo") no qual todos saem manchados, afastando a cada vez mais descrente sociedade da política, o que é péssimo para a Nação, que fica à mercê dos poucos que se interessam pela política, mesmo sendo "politicagem".
O Partido do Meio Ambiente não irá ficar de fora de cobrar o Governo instituído, pois não pretende ser oposição e sim opção. A cada situação enfocaremos as causas e indicaremos a solução. Não nos importa que outros partidos ou governantes adotem princípios diferentes. O que queremos é mudar o Brasil de forma direta e indireta à partir da mudança de mentalidade da sociedade e dos governantes. O Partido do Meio Ambiente nasceu para acender a luz e indicar o rumo. As pessoas é que determinarão os caminhos, dentro do verdadeiro conceito de que "Não fazer o bem é o mesmo que fazer o mal".
CONCLUSÃO:
Diante desta breve análise, pode-se concluir que não restou outro caminho, senão fundarmos um novo partido correspondendo a vontade do povo e pelo bem da humanidade através de um pensamento global e ação local. Um Partido puro, com propostas claras, definidas e com atuação diferente, onde a democracia começa com cada um,onde a mudança começa tambem individualmente e seguindo em direção a mudança de tudo ao seu redor.